História
Por volta de 1920, o território começou a ser povoado. Isso aconteceu graças aos padres capuchinhos, entre eles, Frei Inocêncio de Comiso. Naquela época, as terras que hoje formam o nosso Município pertenciam ao Município de Itambacuri, fazendo parte do Distrito chamado Lajão, depois o Distrito de Lajão foi desmembrado de Itambacuri, surgindo o Município de Conselheiro Pena. Em 1930, o Emiliano Ferreira Júnior, comprou grande parte dessas terras e veio ocupá-las juntamente com sua família.
Dois anos depois de sua instalação nas terras, desgostou-se daqui devido à morte de sua filha e resolveu vender suas terras para Cândido Ribeiro Gonçalves, conhecido como Cândido Ilhéu. Este comprou todo o patrimônio e doou uma parte para a construção do povoado, com apenas 7 casas, recebendo o nome de “Barra do Córrego dos Ilhéus”, em homenagem ao doador. Em 17 de dezembro de 1938, o prefeito do Município de Conselheiro Pena (ao qual pertencia nosso povoado), Sebastião Anastácio de Paula, (que ainda reside em Conselheiro Pena), feliz com o crescimento do povoado transformou-o em distritopela Lei n0 158, foi criado o distrito de Bom Jesus do Mantena, compreendendo toda a região do São Mateus do Sul, com a participação do distrito de Lajão que se tomou município de Conselheiro Pena.
Onze anos após a criação do povoado, o Governador do Estado, José de Magalhães Pinto, expediu um documento (Decreto nº 1.058), criando o Município de Mantena. Em 4 de janeiro de 1944, foi nomeado pelo Governador o primeiro prefeito, José Fernandes Filho (o Fernandinho). Em 30 de dezembro de 1944, pelo Decreto nº 1291 foi instalada a Comarca de Mantena, sendo o seu primeiro Juiz de Direito Osvaldino de Paula Salazar. Pertencem à Comarca de Mantena os Municípios: Mendes Pimentel, Itabirinha de Mantena, Central de Minas, São João do Manteninha e Nova Belém.
O município começou a experimentar uma expansão econômica e geográfica das maiores, recebendo famílias que vinham de diversas localidades para cá. A produção de café e a extração de madeiras, atraía a atenção de todos, inclusive das pessoas do Espírito Santo, começando aí a triste história do Contestado. A revolta do Contestado foi um conflito desde o começo do povoado entre o Estado do Espírito Santo e Minas Gerais, que só terminou quando o Supremo Tribunal Federal estabeleceu os limites entre os dois Estados. Foi assinado um tratado que estabeleceu a paz, entre os dois governadores interessados: José de Magalhães Pinto (Minas Gerais) e Francisco Lacerda de Aguiar – (Espírito Santo), em setembro de 1963. A partir desta data o Município continuou sua expansão, baseando sua economia principalmente na produção de café, o que veio contribuir também para a sua estagnação econômica devido à queda do preço do café no mercado mundial. Em 9 de dezembro de 1963, o Diário Oficial do Estado de Minas Gerais publicava a Resolução 569, do Governador Magalhães Pinto. Nela, estava definida, junto a “Lei 2084 do Estado do Espírito Santo”, a linha divisória do município, entre os dois Estados ao norte do Rio Doce, com as delimitações que tem hoje. Naquela época a composição distrital do município era a seguinte: Sede, São João do Manteninha, Itabirinha. Santo Agostinho de Minas, Água Doce do Mantena e Barra do Ariranha.
O afastamento de Fernandinho deveu-se a volta à legalidade no Brasil, após a queda de Getúlio Vargas. Era preciso se afastar do governo para disputar as eleições gerais marcadas. Em um curto período de tempo foram nomeados outros interventores que se sucederam até por horas à frente do Município. São eles: Aduvaldo Santos Pinto (1946, 2 meses); José Maria Camargo (1946, 4 meses); Adolfo Mário de Oliveira (1946, 4 meses) e José Meira Júnior (1947). Fernandinho disputou as eleições e foi eleito, sendo seu mandato de 1948 a 1951. Ao seu lado surgiu a primeira Câmara de vereadores, formada pelos senhores:
- Anselmo Luíz Cantuária
- Cornélio Fernandes de Araújo
- David de Almeida Leitão
- Jardas Resende Boechat
- José Secundino da Fonseca
- Pedro Cirilo de Paula
- José Romero Duque
- José Gomes Vieira
- José de Sousa Ferreira
- Sebastião Coelho Bastos
- Waldir Pereira da Silva
- Limiro Caldeira Horsth
Desde então, ainda governaram o município os seguintes prefeitos:
- José Romero Duque (1951/1955)
- Domingos Jorio Filho (1955/1959)
- José Romero Duque (1959/1963)
- Waldir Pereira da Silva (1963/1967)
- José Monteiro da Gama Neto (1967/1971) (Com a renúncia de José Monteiro em 2 de junho de 1969, assumiu o cargo de Prefeito Municipal o vice Ermano Batista Filho)
- Adrião Baia (1971/1973)
- Ermano Batista Filho (1973/1977)
- Adrião Baia (1977/1983)
- Joel Garcia dos Santos (1983/1987)
- Fernando Sathler Mol (1988/1992)
- Joel Garcia dos Santos (1993/1996)
- Vicente de Paula Marinho (1997/2000) – (2001/2004)
- Cláudio de Paula Batista (2005/2008)
- Maurício Toledo Jacob (2009/2012)
- Wanderson Elizeu Coelho (2013/2016)
- João Rufino sobrinho (2017/2020) – (2021/2024) Atual
Atualmente, o Município de Mantena apesar da distancia com sua capital, vem lutando contra qualquer estagnação, tem diversificado sua economia, se destacando através de grandes empresas da área têxtil como a Rabbit, e mineradoras de exploração de granitos, sendo estes exportados por todo o mundo, atividades como a pecuária e a produção de leite também geram receitas e fortalece o comércio local. A prefeitura de Mantena conta ainda com uma Secretaria de Indústria e Comércio para dar suporte a novos empreendedores que se interessam em implantar suas empresas na região.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mantena